Nem adianta tentar provar o contrário; o Deficit de Atenção e Hiperatividade não existe.
Procrastino por preguiça!
Mesmo vendo minha vida afundar, eu optei por não fazer nada, sei lá, talvez pra dar uma de coitadinho. E a tortura mental que eu vivo quando procrastino também é invenção minha.
As minhas explosões de fúria que destruíram relacionamentos amorosos e amizades? Nunca existiram.
Meus relacionamentos amorosos, todos desfeitos com traumas, dores e culpas inesquecíveis foram por falta de caráter mesmo. Afinal, os embates que antecedem o fim de um relacionamento são absolutamente deliciosos.
Nunca quis ter uma vida estável! Jamais sonhei em envelhecer ao lado de uma pessoa amada (talvez cercado de filhos e netos) numa casa confortável, própria e quitada, resultado de uma vida financeira tranquila e bem planejada. Não! Desde criança e adolescente sonhei com uma vida errante e instável.
Ah, e o prazer de ser pego errando não tem preço, assim como não tem preço cometer o mesmo erro pela milésima vez.
Como é saboroso olhar pra trás, sentir-me responsável por destruir a minha própria vida e dinamitar todos os meus sonhos.
Claro que isso não é uma doença!
Somos milhões de cretinos auto destrutivos. Sabotamos a nossa própria vida por prazer, por gosto. Deleitamo-nos ao ver o sofrimento de nossos pais com nossa vida errática e cambaleante.
Quantos de nós conseguem sucesso profissional, mas destroem suas vidas afetivas e pessoais. Outros tantos dinamitam o sucesso quando estão ‘perigosamente’ próximos dele.
Quantos de nós se sabota por achar que não merece algo bom que nos acontece. Afinal de contas ouvimos a vida toda que somos perdedores, cínicos, preguiçosos, inadequados, insuficientes, “a maçã podre que deve ser retirada do cesto para não contaminar as outras maçãs”.
Quanta dor vivemos e causamos, quantas lágrimas derramamos – nossas e de quem nos ama.
Quantas frustrações engolimos, quantas humilhações nos foram inflingidas por cometermos erros, desatinos, por esquecermos ou nos confundirmos!
Não! O Deficit de Atenção e Hiperatividade não existe!
Cada um de nós é fruto da manipulação mesquinha de laboratórios farmacêuticos mal intencionados”
Assinado: Um hiperativo desatento.
Este artigo é baseado num posto no Facebook da Alice Garcia – https://www.facebook.com/agarcia.sp